Michael Schrage (MIT Sloan) é um dos académicos mais esclarecidos sobre
questões de inovação e um dos que melhor tem denunciado as muitas
"tretas" académicas sobre esses assuntos. Foi com satisfação
que o vi, numa conferencia no ano passado, afirmar alto e bom som que
não existe inovação, mas sim "profitable change", e que patentes como
indicadores de inovação pouco ou nada significam. (Claro
que também o gostei de ver citar Michael Polanyi!).
O seu blog recomenda-se. Um post recente refere que um estudo de gente da IBM mostra que é preferivel não perder tempo a arrumar os mails e que simplesmente é preferivel fazer "search" por termos relevantes. Logo não vale muito a pena perder tempo a indexar, catalogar, arrumar informação digital. Pessoalmente tinha já sentido isso e concluido de forma empirica e progressiva desde que, há alguns anos, deixei de usar o Outlook e passei a mandar todos os meus mails para a conta do Gmail. A qualidade de vida melhorou (incluindo uma drástica redução do spam visivel).
Algumas observações de Schrage (itálicos da minha responsabilidade):
O impacto das tecnicas de análise semantica tem demorado a concretizar-se de forma visivel, mas a combinação das técnicas de "search" com a exploração semantica do sentido ou significado ("meaning") de dados não estruturados abre a porta para um novo paradigma, que inclusivé ultrapassa as técnicas de organização de bases de dados.
O caracter potencialmente disruptivo é óbvio: para já a tecnologia é incipiente, as aplicações são ainda marginais, pode acontecer que desenvolvimentos seguintes venham a ter maior profundidade de impacto. Mas a banalização das técnicas de search já é bem visivel: a mancha do espaço aplicativo tem-se espraiado muito.
O seu blog recomenda-se. Um post recente refere que um estudo de gente da IBM mostra que é preferivel não perder tempo a arrumar os mails e que simplesmente é preferivel fazer "search" por termos relevantes. Logo não vale muito a pena perder tempo a indexar, catalogar, arrumar informação digital. Pessoalmente tinha já sentido isso e concluido de forma empirica e progressiva desde que, há alguns anos, deixei de usar o Outlook e passei a mandar todos os meus mails para a conta do Gmail. A qualidade de vida melhorou (incluindo uma drástica redução do spam visivel).
Algumas observações de Schrage (itálicos da minha responsabilidade):
- By combining threading with search, technology makes an economic virtue of virtual disorganization.
- Ongoing improvement in email/document/desktop and cloud-centric search frees them from legacy information management behaviors like filing.
- Their personal organizational ethos reflects a Toyota Production System "just-in-time" attitude. The technical configuration facilitates a pull — not push — time management. Organization has given way to improvisation.
- They want what I've described earlier as "promptware" — a cue and intervention that creates measurable value in the moment, rather than promised efficiencies in the future.
- The essential takeaway is that the new economics of personal productivity mean that the better organized we try to become, the more wasteful and inefficient we become.
O impacto das tecnicas de análise semantica tem demorado a concretizar-se de forma visivel, mas a combinação das técnicas de "search" com a exploração semantica do sentido ou significado ("meaning") de dados não estruturados abre a porta para um novo paradigma, que inclusivé ultrapassa as técnicas de organização de bases de dados.
O caracter potencialmente disruptivo é óbvio: para já a tecnologia é incipiente, as aplicações são ainda marginais, pode acontecer que desenvolvimentos seguintes venham a ter maior profundidade de impacto. Mas a banalização das técnicas de search já é bem visivel: a mancha do espaço aplicativo tem-se espraiado muito.
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