O ministro da Economia (& outras coisas, incluindo a inovação) lamentou recentemente que
não haja empreendedores portugueses a franchisar os pasteis de Belem
e/ou pasteis de nata, supostamente uma "inovação" genuinamente portuguesa.
Parece que ignora que cadeias de pasteis semelhantes aos nossos pasteis de nata existem e são mesmo muito populares na China. Provavelmente pensa que isso poderia ter sido feito com uns franchisados de um empreendedor portugues, com um suposto conhecimento "secreto" da formula dos pasteis de nata, tipo "concentrado" da Coca Cola.
A ideia de cadeias de "produtos alimentares portugueses únicos" não é nova. O frango no churrasco tem sido um candidato objecto de várias tentativas - inclusivé pel Eng. Belmiro de Azevedo e / ou Sonae, mas, por razões que não são displicentes, os resultados são pouco visiveis. E lojas de pasteis de nata existem em vários sitios da Europa e fora da Europa, pela mão de emigrantes portugueses.
Pelo tom do ministro, a culpa é dos empreendedores que ou são incapazes ou não vêm o óbvio: o épico potencial dos pasteis de nata para criar uma multinacional que catalise a economia portuguesa. Esta tendência dos académicos para criticarem a incompetencia, falta de visão e sentido de oportunidade dos empresários e empreendedores é tradicional, mas apenas mostra ignorancia, e só tem (quase) paralelo com a crítica simétrica, segundo a a qual os académicos pouco ou nada percebem da realidade (o que às vezes é verdade) e vivem completamente alheios disso (o que por vezes também é verdade, promovido inclusivé pelo modelo de carreira académica vigente).
O que este episódio mostra, para além de uma incrivel ingenuidade ministerial, é um ministro que, para além de não entender a sua função, parece também não perceber nada do negócio de cadeias alimentares e de negócios franchisaveis. Que imagina que é tudo uma questão dos tais empreendedores não terem sido capazes de se lembrarem de uma ideia tão genial e óbvia como a de franchisar os pasteis de nata, o frango no churrasco, e - porque não? - as alheiras de Mirandela, as morcelas da Beira, as queijadinhas de Sintra, etc., etc., ... . Ou seja, o homem pode saber de muitas coisas, mas não percebe nada de negócios. Mais do que triste, é preocupante.
Parece que ignora que cadeias de pasteis semelhantes aos nossos pasteis de nata existem e são mesmo muito populares na China. Provavelmente pensa que isso poderia ter sido feito com uns franchisados de um empreendedor portugues, com um suposto conhecimento "secreto" da formula dos pasteis de nata, tipo "concentrado" da Coca Cola.
A ideia de cadeias de "produtos alimentares portugueses únicos" não é nova. O frango no churrasco tem sido um candidato objecto de várias tentativas - inclusivé pel Eng. Belmiro de Azevedo e / ou Sonae, mas, por razões que não são displicentes, os resultados são pouco visiveis. E lojas de pasteis de nata existem em vários sitios da Europa e fora da Europa, pela mão de emigrantes portugueses.
Pelo tom do ministro, a culpa é dos empreendedores que ou são incapazes ou não vêm o óbvio: o épico potencial dos pasteis de nata para criar uma multinacional que catalise a economia portuguesa. Esta tendência dos académicos para criticarem a incompetencia, falta de visão e sentido de oportunidade dos empresários e empreendedores é tradicional, mas apenas mostra ignorancia, e só tem (quase) paralelo com a crítica simétrica, segundo a a qual os académicos pouco ou nada percebem da realidade (o que às vezes é verdade) e vivem completamente alheios disso (o que por vezes também é verdade, promovido inclusivé pelo modelo de carreira académica vigente).
O que este episódio mostra, para além de uma incrivel ingenuidade ministerial, é um ministro que, para além de não entender a sua função, parece também não perceber nada do negócio de cadeias alimentares e de negócios franchisaveis. Que imagina que é tudo uma questão dos tais empreendedores não terem sido capazes de se lembrarem de uma ideia tão genial e óbvia como a de franchisar os pasteis de nata, o frango no churrasco, e - porque não? - as alheiras de Mirandela, as morcelas da Beira, as queijadinhas de Sintra, etc., etc., ... . Ou seja, o homem pode saber de muitas coisas, mas não percebe nada de negócios. Mais do que triste, é preocupante.
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